terça-feira, 13 de novembro de 2007

Segundo Matisse


Soror Mariana Alcoforado, segundo Matisse, por volta de 1950.

2 comentários:

Rony disse...

Agora é preciso despir a pele da Mariana e entrar na de Jane Somers.

Não é um processo instantâneo, porque as marcas de Mariana ainda estão bem presentes.
Ela é uma personagem tão forte, tão extremista em todas as suas emoções (o que a faz parecer, por vezes, tão "ridícula" aos nossos olhos modernos, como a orientadora salientou na reunião do clube) que a convivência com ela me absorveu e esgotou.

Clube de Leitura de Tavira disse...

Pois é, Verónica. Concordo consigo. "Despir" a Mariana pode não ser um processo fácil. Trata-se de uma personagem bastante "carregada", parece-me, que deve ser entendida no seu contexto histórico-cultural e atentando no terramoto que as cartas que lhe são atribuídas deve ter significado então. Mas o interessante da leitura é isso mesmo: sentirmo-nos profundamente marcados pelas personagens ou pelas obras sabendo que as temos inevitavelmente de abandonar(apesar de ficar sempre algo delas em nós)para podermos sobreviver. Deve ser um processo análogo ao do actor que veste e despe papéis. Desejo-lhe um bom encontro com Doris Lessing.